Em tempos de escassez de bom futebol, de parte física dominante
e categoria quase nula, procura-se um camisa 10 que honre o manto esmeraldino
mais importante do mundo.
Não é preciso ser gênio. Dificilmente teremos outro Divino. Não
é necessário ser clássico. Djalminha e Alex foram casos à parte. Mas, é bom que
venha com algumas “qualidades” essenciais, como por exemplo: acertar passes de dois
metros, saber enfiar uma bola entre dois defensores, deixando assim um
companheiro de time em situação de gol; ter o mínimo de habilidade para conseguir
se desvencilhar da marcação (ato conhecido como drible), e, claro, ter comprometimento,
que atualmente é sinônimo de não prejudicar o time com cartões desnecessários,
expulsões infantis e polêmicas evitáveis.
Procura-se um camisa 10 que jogue. E talvez essa seja a
maior carência do torcedor palmeirense: um camisa 10 que entre, ponha medo nos
adversários, que jogue consideravelmente bem, como um maestro de meio-campo tem
que fazer. Mas, que principalmente, esteja presente.
Procura-se um camisa 10 por um motivo muito simples: aguardar
semanas, meses, dias incontáveis por alguma magia na equipe já não está sendo
saudável há tempos. Procura-se um camisa 10 que nos faça chorar de alegria. Que
faça os adversários chorarem de raiva. E não o inverso.
Quem quiser se candidatar a vaga, favor entrar em contato
com a diretoria do Palmeiras. Basta atender os critérios acima relacionados, aceitar
contrato por produtividade e saber que estará vestindo uma das camisas mais
importantes do futebol mundial. Além, claro, de representar a torcida mais
inflamada e apaixonada que se possa imaginar.
Que tenhamos sorte com essa procura.
Abraços palestrinos à Torcida que Canta e Vibra!