Insistentemente os
treinadores que passam pelo Palmeiras relutam em manter no elenco jogadores
totalmente questionáveis. Quando não, eles são escancaradamente ruins. Ponto.
Essa talvez seja a definição correta, sem ser pejorativa, sem ser maliciosa.
Existem bons profissionais, assim como existem péssimos. O Palmeiras está
lotado de péssimos atletas. Culpa do Gareca? Não. Culpa da diretoria? Bom, da
torcida é que não é.
Quando um Leandro da vida
(que não é ruim, mas passa por uma fase terrível) está sempre como titular,
quando o desanimador Josimar entra e entrega o gol da vitória adversária,
quando o Felipe Menezes põe o pé em campo, me desculpem amigos, mas dói na alma
de olhar para a TV. Enquanto dá gosto de ver um jovem lateral revelado na base salvando
um gol, um goleiro também prata da casa fazendo grandes defesas, um volante sem
nome dominando o meio campo (ainda que com algumas falhas), um zagueiro
veterano correndo por uma molecada e cobrando postura de vitória, dá desgosto
total de ver o restante do time.
Não espero títulos. Não
espero um futebol de qualidade. Espero apenas, que no ano do centenário, o bom
senso entre o elenco alviverde retorne, e que quem vista a camisa o faça com
vontade, pois da diretoria, sinceramente não há muito que esperar.
Se eu não estou
desatualizado, a Sociedade Esportiva Palmeiras tem até o presente momento (já
contando com a chegada do Cristaldo) 73 atletas. Entre o elenco que está
competindo, empréstimos e garotos da base que nunca jogaram (e sabe Deus se
jogarão), são 73 nomes que são bancados e que foram escolhidos para vestir uma
das camisas mais importantes do mundo. 73 nomes que se reduzem a pouco mais de
20 para montar a equipe que vai a campo. E desses 73, conta-se nos dedos de uma
mão quantos dão a cara para bater e assumem o que está acontecendo, como o
capitão Lúcio fez ontem, como Fernando Prass já fez anteriormente, como Edmundo
e Marcos, ídolos eternos de uma geração inesquecível fizeram com sangue nos
olhos.
Que a diretoria leia todos
os protestos da torcida, não com olhos de adversidade, mas como uma prece de
quem ama o Palmeiras. O maior presente desse ano é simplesmente não cair. Eu
não me importo de ver o Palmeiras encarando uma fila de títulos, desde que para
tal, a sua imagem não seja manchada com a vergonha de erros administrativos.
Saudações palestrinas à
Torcida que Canta e Vibra.
Rafael Correia